domingo, 12 de setembro de 2010

Arco-íris



Hoje preciso falar de coisas que tenho observado, vivenciado nos últimos dias e que nesse momento merecem minha consideração.

O que de fato é ser flexível?
Não sei ao certo, mais tenho aprendido o quão necessário é sê-lo.
Flexível ao enxergar o outro, ao encarar a vida, em aceitar o que não é possível controlar...
Não é tarefa das mais fáceis, isso eu sei, e como sei.

Por vezes, sou extremamente inflexível.
Manifesto minha opinião com a firmeza de quem sempre detêm toda a verdade.

Cristo, um exemplo de líder, questionou, criticou e condenou os líderes religiosos de seu tempo por serem extremamente apegados às suas regras.
Por considerarem sua regra "lei", tais líderes, tratavam o povo com extrema rigidez e opressão.
Entretanto, Cristo os condenou e nos ensinou a importância da flexibilidade.

Colocar-se no lugar do outro é parte importante disso.
Lembrar que nossa verdade, não tem que ser a do outro e que ela não é absoluta.
Que cada um tem o direito de agir, pensar e ser como quiser...

Dias atrás uma amiga muito especial me disse que existem vários caminhos para o mesmo lugar, para o mesmo Deus...
Então, porque não ser flexível e aceitar que outro caminhe diferente já que o destino é o mesmo?
Não podemos julgar aquilo que não entendemos.
O outro sente diferente e deve ser respeitado.

Pra se viver bem é preciso relaxar.

Relaxar pra apreciar os diferentes tons de azul do céu, o brilho amarelo do sol, a diversidade nos verdes das matas, das arvores, das folhas, a beleza do nascer e pôr do sol, umas vezes avermelhado, outras vezes alaranjado...
Relaxar até pra apreciar aquilo não podemos ver literalmente, o sopro do vento, o perfume das flores, a limpidez das águas, o som do silêncio...

Seria muito tedioso se o mundo fosse só preto e branco.

Penso que deve ser também por isso que Deus criou o arco-íris.

sábado, 21 de agosto de 2010

Mais um belo texto, desta vez de minha querida Luana:

Vale a reflexão!

Bricolagem (por Luana Neres)

Hoje resolvi emendar uns fios,
Tapar uns buracos, umas rachaduras,
Pintar algumas paredes amareladas e sujas da vida.

Decidi camuflar manchas que me incomodavam
Simplesmente para continuar fitando a parede.


Mas a fina camada de tinta fresca, infelizmente,
Permite que as formas escuras, por ela encobertas, se revelem.

Tentei apagar as palavras escritas na tinta antiga.
Lixei, mas não consegui destruir o que fora registrado.
Imaginei que a casa possuisse alicerce
Mas só existem paredes: sujas, esburacadas, riscadas.



Foi mais fácil ser esquecida
Que terminar a reforma em sua estrutura.

domingo, 1 de agosto de 2010

Primeiro post.

Amigos, 

Como primeira postagem escolhi um texto do meu amigo Ivan Bueno que considero uma verdadeira descrição do que sou, de como sou, ouso dizer que descreve exatamente como me porto diante do outro, das coisas do mundo, do mundo... enfim, brindo-os com um texto lindo.

Bjos a todos!



 
Eu falo do que falo
Porque me entalo
com o talo mal dosado
dos acontecimentos,
que dificilmente descem goela abaixo.

Falo por pensar, ter boca,

necessitar.
Falo pela boca,
falo pelos dedos,
pela voz e na escrita.

Dizem que peco pela transparência,

mas não quero o vidro fosco.
Posso me quebrar com facilidade,
mas tenho aprendido:
envolvo-me em papel bolha
para sair da bolha que me impede de viver
plenamente.

(Bolha, por Ivan Bueno. Visitem seu blog http://eng-ivanbueno.blogspot.com/ )